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Lula e Maduro abordaram fatores eleitorais; porém, disputa por Essequibo não foi comentada, diz Planalto
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O encontro dos líderes foi na Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), em São Vicente e Granadinas
- Por Camilla Ribeiro
- 02/03/2024 13h06 - Atualizado há 7 meses
Durante a Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seu homólogo venezuelano, Nicolas Maduro, discutiram as eleições planejadas para o segundo semestre deste ano.
O evento ocorre em Kigstown, em São Vicente e Granadinas.
Segundo com o Planalto, o líder venezuelano relatou ter articulado um "amplo acordo com partidos de oposição na Assembleia Nacional" e declarou que terá observadores internacionais para garantir a lisura do processo eleitoral.
Conforme compartilhado pelo o governo brasileiro, a pauta de Essequibo, região da Guiana reivindicada pela Venezuela, que realizou um referendo em dezembro passado para resolver a incorporação do território, não foi debatida por Lula e Maduro.
"A região é alvo de um contencioso territorial entre Venezuela e Guiana. O presidente brasileiro já havia expressado na quinta-feira (29) que o tema pode ser debatido posteriormente, em fórum mais apropriado, e que o Brasil sempre estará disponivel para contribuir na perspectiva de promoção e manutenção da paz no continente", compartilhou o Planalto.
Para os jornalistas, Maduro denominou a conversa com Lula como "muito boa".
Segundo declarou o líder venezuelano, o bate papo serviu para "fortalecer a cooperação" entre os países.
Lula e o presidente da Bolívia discutiram projetos e investimentos
Além do encontro com Maduro na Celac, Lula também se reuniu com o presidente da Bolívia, Luis Arce.
O objetivo do encontro foi para tratar da expansão do comércio e da pauta de produtos entre os países, como o interesse boliviano na importação de alimentos brasileiros, segundo o Planalto.
Ambos destacaram ainda a questão da produção de fertilizantes.
Um ponto importante da reunião entre os chefes de Estado foi o investimento em gás e obras de infraestrutura para promover a integração entre Brasil e Bolivia, a exemplo da construção da ponte que vai ligar Guajará-Mirim, em Rondônia, a Guayaramerín, na Bolívia.
Além disso, os presidentes também abordaram a possibilidade de investimento da Petrobras na exploração de gás em território boliviano.
Ademais do interesse da Bolívia em estabelecer parceria com o Brasil para a possível exploração de lítio, mineral essencial para confecção de baterias e encontrado em abundância na Bolívia.